O que é?
Em oposição ao jeito sisudo alemão, o DS4 tem estilo mais descolado. O designer Olivier Vincent explica que a ideia não era fazer um modelo retrô que remetesse ao famoso Citroën DS do passado, mas sim que tivesse o mesmo espírito de vanguarda. Ou seja, embora tenha como ponto de partida o C4 hatch de nova geração, o DS4 não aparenta ser um hatch tradicional. Elementos como o teto curvado, as portas traseiras com as maçanetas ocultas nas colunas e o para-brisa alongado e bastante inclinado (45 graus) dão um ar de cupê ao modelo. E não e só: a altura do solo ligeiramente elevada e as rodas aro 18 conferem um jeitão de crossover ao novo Citroën.
Tudo na cabine conversa com o estilo arrojado do lado externo. E, como no DS5, chama a atenção o cuidado aos detalhes. O acabamento é feito em sua maioria com plástico suave ao tato, superfícies emborrachadas, cromados e alumínio. No puxador de porta, um revestimento com a trama “DS” estampada dá o toque de exclusividade. O banco é forrado de couro perfurado e tem formato bastante anatômico, daqueles em que até o apoio de cabeça é confortável. Ah, e o encosto do motorista faz massagem nas suas costas (acionada por um botão à esquerda do assento). Ao dar partida, você ainda pode escolher qual sua opção preferida para o som da seta e dos alertas em quatro tons: Classic, Crystal Symphony, Jungle Fantasy, Urban Rythmik. Para completar, a iluminação do painel pode ser regulada de branca para azul, de modo gradual.
Como anda?
Sabendo que o DS4 usa o mesmo powertrain do DS5 (motor 1.6 THP e câmbio A/T de seus marchas), eu já esperava um desempenho melhor. A diferença de peso entre eles (1.363 kg contra 1.480 kg) é o que separa um hatch esperto de um crossover pesadão. No DS4, é fácil perceber a boa oferta de torque em baixas rotações – 24,5 kgfm a 1.400 rpm -, bem como os 165 cv disponíveis quando se pisa fundo. As acelerações e retomadas são ágeis, facilitadas pela boa atuação do câmbio. A pegada do novo DS me fez lembrar do Peugeot 308 THP, o “primo” de porte similar e equipado com o mesmo conjunto mecânico. Não por acaso, a Citroën divulga números próximos aos que obtivemos com o 308 para o DS4: 0 a 100 km/h em 8,6 segundos e máxima de 212 km/h. A marca não informa dados de consumo, o que será verificado num futuro teste completo.
Sabendo que o DS4 usa o mesmo powertrain do DS5 (motor 1.6 THP e câmbio A/T de seus marchas), eu já esperava um desempenho melhor. A diferença de peso entre eles (1.363 kg contra 1.480 kg) é o que separa um hatch esperto de um crossover pesadão. No DS4, é fácil perceber a boa oferta de torque em baixas rotações – 24,5 kgfm a 1.400 rpm -, bem como os 165 cv disponíveis quando se pisa fundo. As acelerações e retomadas são ágeis, facilitadas pela boa atuação do câmbio. A pegada do novo DS me fez lembrar do Peugeot 308 THP, o “primo” de porte similar e equipado com o mesmo conjunto mecânico. Não por acaso, a Citroën divulga números próximos aos que obtivemos com o 308 para o DS4: 0 a 100 km/h em 8,6 segundos e máxima de 212 km/h. A marca não informa dados de consumo, o que será verificado num futuro teste completo.
Mais rápido que o DS5, o DS4 também continua devendo as borboletas no volante para trocas manuais, algo que cairia bem nesse carro de proposta mais esportiva. E, não custa lembrar, é coisa que todos os rivais alemães oferecem. Na estrada, o hatch transmite segurança em velocidades mais elevadas e oferece um bocado de conforto, tanto pela suavidade de rodagem quanto pelo baixo ruído interno. A 120 km/h em sexta marcha, o motor trabalha abaixo de 3 mil giros.
A direção firme (um pouco pesada até, como no DS5) e as rodas aro 18 com pneus 225/45 contribuem para manter a boa estabilidade, mas a suspensão elevada e com acerto macio permite que a carroceria balance um pouco nas curvas mais fechadas. Nada que comprometa, só não espere uma dinâmica tão precisa quanto nos germânicos. Por outro lado, o maior vão livre do solo deixa o DS4 bem apto a superar valetas e lombadas, sem raspar o para-choque – algo comum no atual C4. E a maciez do conjunto proporcionou boa absorção dos poucos buracos que encontramos durante o test-drive.
Quanto custa?
A julgar pela falta tradição no segmento dominado pelos hatches alemães, a Citroën parece ter ido com muita sede ao pote quando definiu o preço de R$ 99.990 para o DS4. Mas se a ideia da linha DS é justamente se diferenciar pelo design, sofisticação e equipamentos, não dava para pensar num carro desses com bancos de tecido. Por isso, todo DS4 vem com couro (sem esquecer do banco com massageador para o motorista), sistema de navegação por GPS com tela no centro do painel, sistema de som com Buetooth e entrada USB, ar digital de duas zonas, rodas aro 18, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, seis airbags, ESP e mais três assistentes bacanas: de partida em rampa (que segura o freio para o carro não descer), de ponto cego (que acende um alerta caso haja um carro ou moto ultrapassando seu carro) e ainda um recurso que “lê” e mede vagas transversais para dizer se a manobra é possível, difícil ou se o carro não cabe naquele espaço.
A julgar pela falta tradição no segmento dominado pelos hatches alemães, a Citroën parece ter ido com muita sede ao pote quando definiu o preço de R$ 99.990 para o DS4. Mas se a ideia da linha DS é justamente se diferenciar pelo design, sofisticação e equipamentos, não dava para pensar num carro desses com bancos de tecido. Por isso, todo DS4 vem com couro (sem esquecer do banco com massageador para o motorista), sistema de navegação por GPS com tela no centro do painel, sistema de som com Buetooth e entrada USB, ar digital de duas zonas, rodas aro 18, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, seis airbags, ESP e mais três assistentes bacanas: de partida em rampa (que segura o freio para o carro não descer), de ponto cego (que acende um alerta caso haja um carro ou moto ultrapassando seu carro) e ainda um recurso que “lê” e mede vagas transversais para dizer se a manobra é possível, difícil ou se o carro não cabe naquele espaço.
Para quem está pensando num hatch premium, o DS4 chega trazendo uma proposta diferenciada, com acabamento refinado e muito estilo, sem fazer feio na hora de acelerar. Qualidades que, espera a Citroën, façam o modelo emplacar cerca de 100 unidades por mês. Vale lembrar que o DS5 veio numa “vibe” parecida e fez o primeiro lote de 300 unidades se esgotar em um mês e meio.
Por Daniel Messeder
Ficha técnica – Citroën DS4
Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 1.598 cm3, 16 válvulas, injeção direta e turbo;Potência: 165 cv a 6.000 rpm; Torque: 24,5 kgfm a 1.400 rpm; Transmissão: câmbio automático de seis marchas, tração dianteira; Direção: eletro-hidráulica; Suspensão:Independente Mac Pherson na dianteira e eixo de torção na traseira; Freios: disco nas quatro rodas, com ABS; Peso: 1.363 kg; Porta-malas: 359 litros; Dimensões: comprimento 4,275 mm, largura 1,810 mm, altura 1,533 mm, entreeixos 2,612 mm; Aceleração 0 a 100 km/h: 8,6 s; Velocidade máxima: 212 km/h.
Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 1.598 cm3, 16 válvulas, injeção direta e turbo;Potência: 165 cv a 6.000 rpm; Torque: 24,5 kgfm a 1.400 rpm; Transmissão: câmbio automático de seis marchas, tração dianteira; Direção: eletro-hidráulica; Suspensão:Independente Mac Pherson na dianteira e eixo de torção na traseira; Freios: disco nas quatro rodas, com ABS; Peso: 1.363 kg; Porta-malas: 359 litros; Dimensões: comprimento 4,275 mm, largura 1,810 mm, altura 1,533 mm, entreeixos 2,612 mm; Aceleração 0 a 100 km/h: 8,6 s; Velocidade máxima: 212 km/h.
Fonte: carplace
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