sexta-feira, 7 de outubro de 2011

testamos o chevrolet camaro ss convesivel

O visual pode até inspirar passeios bucólicos, mas sob o capô pulsa o V8 de 432 cv do Corvette
A espera foi longa e sofrida para os fãs do Camaro Conversível, mas a novela finalmente chegou a bom termo. Depois de ter sido exibido no Salão de Detroit em janeiro de 2007, e adiado por conta da maior crise financeira da história da General Motors, o charmoso Chevrolet finalmente ganhou as ruas no começo deste ano. E nós fomos conferir a novidade em Indianápolis, capital norte-americana da velocidade.
Na porta do hotel, a dezena de Camaros enfileirados era um deleite para os olhos, em suas três opções de cores: vermelha, laranja e preta, sempre com a capota de tecido preto (haverá outras opções de breve, garante a GM). Os coloridos são mais belos, mas o que me atraiu mesmo foi a sigla SS na traseira. Ela indica que sob o capô repousa um 6.2 V8 em sua versão mais “solta”, com 432 cv (o Camaro SS cupê vendido aqui tem o mesmo motor, mas com 406 cv). A versão básica nos EUA usa um 3.6 V6 de 316 cv.
Camaro conversível acelera de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos
À primeira vista, salta aos olhos como o conversível é mais atraente que o cupê. Nota-se que não se trata de um cupê com a capota cortada na marra, mas de um projeto bolado para esse fim. Ele é atraente com a capota fechada, e mais ainda com ela recolhida, elegantemente abrigada junto à tampa do porta-malas. O ronco do motor impressiona, bem como sua fome de asfalto, exigindo trocas rápidas e precisas do câmbio manual de seis marchas. As placas de limite de velocidade e as recomendações do pessoal da GM sobre o rigor das autoridades de trânsito locais serviram como ducha gelada na vontade de pisar fundo. E não dava para fingir que o carro estava devagar, pois a velocidade aparece na altura do para-brisa – o tal head-up display.
Mas mesmo em velocidades médias, o Camaro revela-se dócil e prazeroso de dirigir. O sol e o calor intenso pediam capota fechada e ar ligado, o que ajuda a curtir melhor a sonorização do carro. Som de boa qualidade, com oito alto-falantes e estações bem sintonizadas pela antena fixada sobre o spoiler traseiro. O estilo nostálgico do interior é interessante, mas há exageros, como o volante “taludo”, de difícil empunhadura. O câmbio manual também não tem boa ergonomia, pois nota-se que o projeto foi idealizado para o automático de seis marchas (que é o que vem para o Brasil). Falei em Brasil? Falo do cupê, vendido aqui por R$ 185 mil desde o fim do ano passado – com sucesso, numa média de 150 unidades/mês. E o conversível? Os executivos da GM desconversam, dizem que essa versão vende pouco por aqui por questões de (in)segurança. Mas ele está na pauta de estudos da marca. Se vier, será só no fim de 2012, com preço acima de R$ 200 mil.
Console traz quatro instrumentos em estilo retrô; A capota de tecido pode ser rebatida em 20 segundos, bastando girar a trava e apertar um botão, ambos próximos do retrovisor interno

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