O leitor assíduo do CARPLACE soube, em primeira mão, que o novo Corolla nacional seguirá o design do europeu. Pois agora o primeiro flagra do modelo em terras brasileiras confirma a informação. As
fotos do sedã em testes, com leve camuflagem, foram feitas por um atento leitor do site Carsale, nosso parceiro no UOL Carros, enquanto trefegava pela rodovia dos Bandeirantes em São Paulo.
O Brasil terá o Corolla global, enquanto nos EUA o carro tem uma versão com design diferente e acabamento mais simples. Isso porque na terra do Tio Sam o Toyota atende a um público mais jovem e atua praticamente no segmento de entrada, enquanto aqui no Brasil (e em outros países) o modelo é visto como um sedã médio mais refinado. É basicamente o que acontece com o Camry, irmão maior do Corolla, que também possui uma versão exclusiva para os norte-americanos. Em termos estéticos, o Corolla europeu tem grade que se integra ao desenho dos faróis e para-choques exclusivos, além de lanternas mais longas e grossas do que as do modelo norte-americano.
O novo Corolla cresceu por fora e, principalmente, por dentro. A décima primeira geração está 8 cm mais longa, 1,5 cm mais larga e com significativos 10 cm extras de entre-eixos – num total de 4,62 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,45 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Além da carroceria maior, a Toyota deixou os encostos dos bancos dianteiros mais finos, resolvendo de vez o problema de espaço para as pernas no banco traseiro. Quem já teve acesso carro diz que não se encosta mais os joelhos no banco da frente, mesmo que estes estejam totalmente recuados para trás. Já o porta-malas é praticamente o mesmo do atual (470 litros), enquanto os braços da tampa continuam invadindo o espaço das bagagens.
Para ter uma ideia do que esperar do Corolla em termos de acabamento e materiais, sugiro conhecer o novo Rav4 numa concessionária mais próxima. O jipinhi antecipa muito do que o sedã vai trazer em termos de desenho do painel (bem horizontal), botões, volante e disposição dos comandos. Não há revestimento emborrachado no painel, mas a maioria das peças apresenta textura agradável ao toque. Os bancos serão de tecido escuro nas versões de entrada e couro nas mais caras.
De acordo com uma fonte da Toyota, mexer nos motores agora aumentaria muito o custo do projeto. Portanto, o que a marca está fazendo é construir uma fábrica em Porto Feliz (SP) para nacionalizar os atuais propulsores flex 1.8 e 2.0 VVTi (e 144 e 153 cv, respectivamente), além dos motores 1.3 e 1.5 do Etios. A nova unidade fica pronta em 2014. Por enquanto, o maior desafio da engenharia brasileira está sendo casar o motor 2.0 bicombustível com a nova transmissão automática CVT (que simula sete marchas no modo manual). É o mesmo conjunto usado pelo Rav4 (embora no SUV o motor seja somente a gasolina), mas, segundo o informante, no Corolla o câmbio terá relações diferentes, para melhor desempenho. Já as versões 1.8 terão câmbio manual de seis marchas e devem manter a antiga caixa de quatro marchas no modelo automático. Mas, ainda de acordo com nossa fonte, o Corolla 2.0 deverá responder pela maioria esmagadora das vendas, em especial na versão intermediária XEi.
Se o Corolla 2.0 anda bem com o velho câmbio automático de quatro marchas, a nova geração com o CVT deverá ter ganhos sensíveis em desempenho e também no consumo. Fora isso, a direção elétrica foi totalmente reprogramada, visando aumentar o “feeling” do volante e diminuir as vibrações, além de ficar mais direta. Já a carroceria utiliza uma estrutura monobloco mais rígida, com uso de aço de alta resistência em algumas partes e novos pontos de solda no chassi. A suspensão manteve o esquema McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, mas teve alguns componentes redesenhados em relação ao Corolla atual. Por fim, as molas foram calibradas para favorecer o conforto.
Em termos de equipamentos, a maior novidade apresentada pelo modelo europeu é o assistente de estacionamento, já oferecido pelo rival Ford Focus. O sistema da Toyota é capaz de medir o espaço entre dois veículos (por meio de sensores nas laterais dos para-choques) e dizer se o Corolla caberá na vaga. Se couber, o recurso já esterçará o volante e o motorista, auxiliado também pela câmera de ré, terá apenas de controlar os pedais. Outra novidade é o controle de estabilidade com opção de modo esportivo, além do ar-condicionado digital de duas zonas e da partida por botão. O sistema multimídia deverá ser semelhante ao já oferecido hoje, com GPS e tela sensível ao toque. Resta saber como a Toyota brasileira montará as configurações das versões. A resposta virá em março, quando o novo Corolla nacional será apresentado à imprensa, com chegada às lojas prevista para abril.
Fonte: carplace.
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