segunda-feira, 13 de junho de 2011

avaliação do nissan leaf o carro 100%eletrico

fonte:carplace
Carplace - Teste Nissan LEAF

Nesta semana, tivemos a oportunidade de testar o futuro. O futuro europeu. O futuro norte-americano. Para nós brasileiros, um futuro distante. A convite da Nissan, dirigimos pela primeira vez um carro 100% elétrico, o Nissan LEAF. Na estrutura do Nissan Road Show, montado ao lado do PlayCenter na Marginal Tietê em São Paulo, conduzimos o elétrico num pequeno trajeto só para sentir o gostinho e todo o potencial de um carro elétrico. Veja as impressões.

Nosso primeiro contato com o Nissan LEAF havia sido no ano passado no Salão do Automóvel, mas de forma estática. Ao vivo e em situação normal de uso, o Nissan LEAF pode facilmente ser confundido com um carro normal. As dimensões são muito parecidas com as do Nissan Tiida, por exemplo. Na dianteira, os faróis espichados e um pouco saltados podem até ser um pouco estranhos, mas olhando mais atentamente ao conjunto como um todo, acaba demonstrando harmonia. O fato de ser “espichado e saltado” tem uma função muito útil: melhorar a aerodinâmica fazendo com que o vento frontal seja lançado por cima do carro, beneficiando a performance e melhorando ainda mais o silêncio interno
A traseira é simples, com desenho limpo e linhas arredondadas. Os faróis, em estilo bumerangue, que sai do parachoque e avança por completo na coluna “C”, é praticamente todo translúcido. Na maçaneta da tampa do porta-malas está posicionada a câmera que auxilia o estacionamento.
O interior, apesar de contar com acabamento todo na cor creme (que não é a preferência dos brasileiros), salta aos olhos. Um acabamento de primeira linha, com encaixes precisos e comandos gerais modernos. O volante é praticamente o mesmo de um carro comum, mas o quadro de instrumentos é um show à parte.
Dividido em dois níveis, a exemplo do Honda Civic, o Nissan LEAF traz o velocímetro digital na parte superior. Na parte inferior, a principal, diversas informações são exibidas: carga da bateria, autonomia em km disponível, “marcha” engatada, portas abertas/fechadas entre outros detalhes. No volante, botões para o atendimento de telefone (quando conectado via bluetooth), controle do sistema de som e velocidade de cruzeiro.
Na parte central do painel, o console em acabamento black piano contrasta com o tom claro dos revestimentos. Na parte central as saídas de ar retangulares são na cor preta e nas extremidades acompanham a cor clara. No console de onde ficaria o câmbio, está apenas uma manopla redonda com um botão “P” ao centro. Imagine um mouse… é quase isso. Em sua base está o botão do freio de estacionamento (popular freio de mão)
Abaixo, o detalhe do “câmbio” do Nissan LEAF. Aproveitando a usabilidade padrão de um câmbio automático, para posicionar o “câmbio” em “D” (Drive ou Dirigir) basta puxar a manopla para a esquerda e depois para trás (o esquema está exemplificado na base). Para acionar o modo econômico, repetir o processo (e para desativar idem). Para engatar a ré, puxa-se a manopla para a esquerda e em seguida para frente. Para acionar o freio de mão, basta pressionar o botão “P” no centro da manopla.
Na imagem seguinte é possível notar os botões de controle do ar condicionado e dos sistemas de som e de navegação. A tela ao centro é sensível ao toque (touch-screen), o que facilita bastante a escolha do rádio ou do destino, no caso do navegador (no Brasil não estava operacional). Ainda na imagem abaixo, é possível notar o botão para ligar o Nissan LEAF.
Ajustado o banco, os retrovisores e a altura do volante, chega a hora de ouvir o ronco do motor. Para ligar o carro, basta acionar o botão e …. nada de barulho de motor e nem vibração (já sabíamos disso, mas é uma surpresa a primeira vez na prática). Por outro lado, o “sistema” aciona todas as luzes e informações no quadro de instrumentos e um pequeno alerta sonoro avisa que tudo está OK e pronto para uso.
Após “engatar” o carro (procedimento que citamos acima), chegou o momento esperado: pisar no acelerador. De início, nenhum ruído. Pensando num carro comum mais moderno, saindo devagar e com os vidros fechados, também não se ouve nada. Bem, ao subir a velocidade o elétrico começa a mostrar suas virtudes: silêncio, nada de vibração e torque, muito torque disponível a partir de zero rpm. Ao rodar, o único barulho que se ouve são dos pneus ao rodar pelo terreno cheio de pedrinhas.
O espaço para teste era curto. Nos distanciamos um pouco do carro da frente para poder testar o arranque: sensacional. Com 28,6 kgfm disponíveis praticamente a partir de 0 rpm, o LEAF tem um fôlego que desbanca muitos esportivos convencionais. A potência de 107 cv não pode ser testada num trecho longo, mas com esse torque, e considerando a proposta de uso predominantemente urbano, é mais do que suficiente para um desempenho padrão de um hatch. Segundo a Nissan, o LEAF atinge a velocidade final de 144 km/h. Em resumo, um carro ágil e muito esperto para o trânsito.
Apesar do circuito de terra/pedra não ajudar, foi possível de forma superficial provar um pouco do controle de tração disponível no modelo.




No restante, o Nissan LEAF é um carro confortável com boa visibilidade. A câmera de ré auxilia a manobra exibindo as imagens diretamente no console, da mesma forma como o Sentra (equipado com este item) faz.
Falando como um consumidor comum, que utiliza carro para se deslocar diariamente de casa para o trabalho, o Nissan LEAF parece ser um carro totalmente viável e que compraria sem pestanejar. Para quem viaja muito e contaria apenas com um carro, somente com muita infra-estrutura e postos de abastecimento ao longo das rodovias possibilitariam usar o Nissan LEAF para esta situação.
O Nissan LEAF é uma realidade. É uma realidade para os mercados onde será vendido. No Brasil, o modelo veio apenas para mostrar ao público que a tecnologia já existe. As discussões de viabilidade, custo da energia e das formas de geração ainda são muitas. Com o Etanol e a tecnologia bicombustível, o carro elétrico parece muito distante. É uma pena, pois é uma tecnologia promissora.

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